Alunos participam de projeto de iniciação científica

A Escola São Domingos oferece aos alunos da 1ª e 2ª séries do Ensino Médio a oportunidade de ampliar os seus conhecimentos e adquirir novas competências acadêmicas por meio do projeto de iniciação científica.

Orientados pelo professor de Biologia Diogo Moreira e com a coorientação do professor de Biologia Charles Duca, 11 alunos (cinco da 1ª série e seis da 2ª série) estão pesquisando sobre a importância da vegetação dentro das cidades. Para fazer parte do projeto, os estudantes participaram de um processo seletivo.

“Os alunos se inscreveram preenchendo um questionário e depois fizeram um texto explicando por que deveriam participar da iniciação científica. Tivemos quase 50 inscritos e 11 foram selecionados. Em 2020, devido à pandemia, não conseguimos fazer o projeto. Este ano, com os protocolos de segurança já estabelecidos, foi possível montar uma nova equipe. Nesse momento de onda anticientífica, senti ainda mais essa necessidade de retomar a atividade”, informou o professor.

Diogo contou que, desde que começou a dar aula, sempre teve vontade de desenvolver um projeto de iniciação científica.

“Vim de uma cidade mineira pequena e, quando entrei na universidade, vi que meus amigos tinham uma desenvoltura científica que eu não tinha. Isso os ajudou a lidar melhor com o que é o ensino superior. Eles foram, por exemplo, muito mais ágeis na busca pelos melhores estágios, na escolha de orientação, sabiam o poder de uma boa publicação científica. Percebi que a iniciação científica não é apenas importante na vida acadêmica em si, mas em outros aspectos da vida profissional. Então, tinha o sonho de orientar os meus alunos para que não passassem pela mesma defasagem que eu”, disse.

 

-Primeira turma

A primeira turma do projeto de iniciação científica da ESD (biênio 2018/2019) comparou a temperatura e a umidade entre ruas arborizadas e não arborizadas dos bairros Bento Ferreira, Praia do Canto e Mata da Praia, em Vitória.

Nas três coletas de dados realizadas, as ruas arborizadas mantiveram temperaturas mais baixas e umidade mais alta do que as não arborizadas, o que traz conforto térmico muito maior.

Segundo Diogo, já havia muitos estudos sobre o tema comparando cidades, estados e bairros, mas não comparando ruas de um mesmo bairro. Os resultados da pesquisa mostraram que, em um mesmo bairro, duas ruas apresentam significativas diferenças de temperatura e umidade se uma for devidamente arborizada e a outra não, não importando o quão próximas estejam uma da outra.

Isso quer dizer que cada metro arborizado faz diferença para os moradores. Daí a importância de se manter a arborização mais plena possível e evitar a remoção de árvores nas cidades.

“O trabalho foi bem impactante e abriu margem para outros estudos dessa natureza. Chegamos a participar de um simpósio no Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), onde apresentamos a pesquisa com louvor”, afirmou o professor.

 

 

-O que dizem os alunos

 

Preparo para o futuro

“Poder participar da iniciação científica é um aprendizado incrível e enriquecedor! Afinal, é a oportunidade de desenvolver e colocar em prática nossas habilidades, além de trabalhar com pessoas que compartilham da mesma afeição pela ciência e pelo conhecimento.

Colaborar com o projeto irá nos aproximar da Biologia e dos problemas enfrentados pela sociedade, nos permitindo, assim, auxiliar na busca por informações, inovações e soluções.

O programa também nos prepara para o futuro, incentivando o trabalho em equipe, a pesquisa, a análise de dados e o ser criativo, e ensinando a procurar resoluções e saídas para as adversidades, características prezadas em universidades e faculdades.”

Tainá Nascimento Barreto, 1ª série B, integrante da segunda turma do projeto de iniciação científica da ESD

 

Trabalho em equipe

“Esse projeto foi muito importante para colocarmos em prática assuntos que eram vistos na sala de aula, passar a atribuir sentido a eles e perceber a conexão que tinham entre si. Desmistificamos um pouco a ideia que a gente tinha de ciência como algo inalcançável e percebemos que ela também pode fazer parte da nossa realidade, e que podemos nos envolver na construção do conhecimento.

Esse conhecimento não é algo linear, mas é algo construído por meio de acertos e erros. A gente chega a algumas respostas e logo percebe que tem novas dúvidas. O projeto nos mostra como é importante manter esse espírito curioso e questionador em relação a tudo e não se contentar quando chega uma aparente resposta.

Também percebemos a importância do trabalho em equipe. Isso é uma das coisas que mais carrego comigo na universidade hoje. Ter aprendido a trabalhar em equipe, a me relacionar com as pessoas, discutir ideias diferentes e encontrar soluções que façam sentido para o grupo.”

Ex-aluno Paolo Gripp Carreño, estudante de Medicina da USP, integrante da primeira turma do projeto de iniciação científica da ESD

 

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